obrigado, daniel

tu és o teu nome. o nome com que nasces.
tu és os nomes que aceitas que passem a ser teus. nem que os largues um dia, ou que te agarres a eles por não os saber ou querer largar.
tu és a data em que nasces.
tu és o que gostas.
tu és aquilo que, quando te falta, te faz transformar em quem não gostas. 
és o sítio onde nasceste, o sítio onde queres morrer, o sítio onde achas que vais morrer, o sítio onde morres e o sítio onde cais morto.


os outros são o contexto.
os outros são o que não queres por perto.
os outros são aquilo que tens medo de ser no futuro.
os outros são a única maneira de seres tu.
são o tu que não queres ser.


tu sabes que és o que és na cabeça. o resto não interessa.
tu sabes que és o que queres ser.
tu sabes o que os outros precisam que tu sejas.
tu sabes que podes ser quem não és.
sabes e não dizes a ninguém. nem a ti.


ele é o que encontras. no contexto que encontras. com quem tu encontras.
ele é o que pode ser.
é o outro ou o tu.




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