não me lembro como conheci a l.. de facto, tenho a sensação que sempre a conheci. mas lembro.me que no início, entre kizomba no finalmente e tostas de queijo no royale (sim, porque eu e a l. temos uma relação com lisboa como pano de fundo), nunca a assumi como a amiga de um qualquer amigo - de certa forma, sempre percebi que a l. era já minha. nas conversas sérias. nos desabafos exaustos. na tentativa de sermos calmos por fora quando fervemos por dentro. nos erros antigos. nos erros atuais. nos erros que sabemos que vão acontecer. nas noites em que dançávamos até nos doerem os pés. nas noites de máquina fotográfica. nas soirées artísticas (dizem!). nos jantares. nos brunches.
estar com a l. era estar num argumento de sex and the city, em que tudo gira em torno de pessoas adultas que falam do que querem, do que sentem falta, do que pode acontecer, para acabar a conversa com uma pergunta imensa, que se estica por mais um almoço ou uma visita ao teatro.
estar com a l. era ter a certeza que as pessoas são importantes para as pessoas. era ainda poder acreditar nas pessoas. era ter a certeza que o amanhã pode ser tempestuoso, mas é amanhã e isso importa.
estar com a l. era estar com a melhor parte de mim.
hoje não estou muito com a l.. isso entristece-me, porque a quero perto. sentar.me com ela e tirar as palavras todas que nos enchem a boca. e entristece.me ter que lhe dar parabéns assim e não lhe dar um abraço forte, passar.lhe as mãos pelos caracóis e dizer.lhe:
'sou exatamente quem me rodeia'
1 comentário:
<3
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