2 anos depois

o conselho e o fogo (um exercício de memória) 26.08.2007

consoante a utilidade que lhe é dada e o perigo das situações que proporciona, o conselho e o fogo partilham da mesma natureza – analogia que pode não fazer sentido nenhum, mas que serve o propósito introdutório, por isso:
conselho n 1. não precisa preocupar-se excessivamente com os incêndios, mas nunca pense que somente ocorrem com os outros..
tenho a dizer que pensou-se muito numa forma de acabar com o tédio. não esquecer que há 2 anos atrás, isto ainda era braga. e era agosto..
conselhos n 2, 3 e 4. mantenha a calma. nunca salte do prédio. desça sempre, só suba em último caso, pois a tendência do calor e do fogo é subir;
sempre gostei de chamas. hipnotiza, não é? mas não consigo olhar para fósforos a arder. (saltar para o próximo parágrafo caso já saibam esta história) a minha mãe acendia um fósforo quando eu ia fazer xixi antes de me deitar. porque eu nunca tinha vontade. e sempre que fixo um fósforo a arder, tenho um reflexo disso e sinto-me apertadinho.. ah, porque a técnica do fósforo funcionava, claro. nunca fiz xixi na cama.
conselhos n 5 e 6. preservar a sua integridade física e a de outros. realizar o primeiro combate ao fogo com os meios disponíveis (ex: pano molhado, balde de água, mangueiras de jardim ou extintores e posteriormente chame o corpo de bombeiros pelo telefone 112, que pode ser discado de qualquer telefone público sem ficha ou cartão, ou de qualquer telemóvel, mesmo sem saldo ou cartão).
acrescento a sangria, que essa todos sabem que não é inflamável.
e há a história do rapaz palito e da menina fósforo. ou ao contrário. a minha memória é falaciosa. por isso lembrar-me de uma coisa que aconteceu há 2 anos atrás é um daqueles exercícios. mesmo sendo a coisa.. inesquecível. memorável. inolvidável. e todos os outros sinónimos que o word tiver na sua base de dados infindável. interminável. inacabável.
conselho n 7. lembre-se que a responsabilidade de evitar incêndios não cabe somente aos bombeiros, mas sim a todo o cidadão.
e pronto. aquilo ardeu. não queria utilizar a palavra aquilo, mas não me lembro de outra. portanto, aquilo (com respeito) ardeu. e sempre que penso no fogo, penso em pipocas. não sei porquê. alguém me deve ter dito qualquer coisa nesse sentido. a minha memória é mesmo uma merda..
conselho n 8. se sua roupa pegar fogo, role no chão ou envolva-se num cobertor.


se decidir queimar este papel após a sua leitura e/ou manuseamento, não se esqueça de o fazer respeitando todos os procedimentos mínimos de segurança. aconselho antes a sua reutilização, que as árvores estão todas a arder e não tarda nada não há papel para escrever as nossas memórias.

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