da minha muito querida escritora..

o Sindicato de Poesia apresenta

DOZE MESES MENOS UM - RASCUNHO # 5 [reposição]


emBRECHTados

a poesia de Bertolt Brecht, no Museu Nogueira da Silva

16 de junho, terça-feira, 21h30

com
Ana Arqueiro, António Durães, Carlos Silva, Cristiana Oliveira (soprano), Daniel Pereira (bandolim), Fernando Duarte, Francisco Serafim (percussão), Gaspar Machado, Hugo Cunha (piano), Irene Brito, Luísa Fontoura e Pedro Guimarães (viola).

direcção
António Durães


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Na segunda-feira, dia 25 de Maio, tal como estava combinado, mostrámos emBRECHTados, no Museu Nogueira da Silva. Acontece que, por razões que desconhecemos, as cadeiras que tínhamos disponíveis no salão foram poucas para as pessoas que quiseram assistir ao rascunho #5 do projecto DOZE MESES NENOS UM que o Sindicato propõe para este ano, e que tem vindo a pôr em prática desde Janeiro. Por outro lado os espectadores presentes, cúmplices muitos deles do Sindicato (gente envolvida, por isso, e não distanciada) argumentou que o trabalho laboriosamente realizado e o resultado alcançado exigiam uma segunda récita. Depois de verificadas as agendas, ela aqui está.
Assim, com o apoio do Museu Nogueira da Silva que gentilmente disponibiliza o espaço, da Biblioteca Pública de Braga desde a primeira hora, da Velha-a-Branca que nos desafiou para este projecto, e da Rádio Universitária do Minho que se prontificou a divulgar o rascunho, eis-nos de regresso. A poesia de Bertolt Brecht, neste dia 16 de Junho, terça-feira, depois das eleições europeias e antes de um recital com as palavras de António Variações. Mas esse é só lá para o fim do mês. Depois da grande romaria do S. João.
Sobre o recital emBRECHTados, dissemos aquando da primeira récita, e mantemos:
A poesia de Bertolt Brecht, já nos andara no sopro em inúmeros recitais. Contudo, nunca como hoje nos detivemos assim, à volta das suas palavras, com o tempo distendido, sem a pressa do próximo poeta, nem do próximo poema.
É certo que Brecht foi, principalmente, um autor dramático, marcante do teatro que hoje se faz. Mas também foi um poeta. Dos grandes. É igualmente certo que houve momentos em que foi muito representado, quiçá excessivamente e, noutros, quase esquecido, desmaiado no esquecimento pequeno-burguês das muitas bodas com que vamos sendo anestesiados. Mas num ápice, por causa da crise ou nem por isso, ei-lo que torna, intemporal, único, em meia Europa.
Connosco, claro está, regressa pela porta da poesia. E no caso deste emBRECHTados, na tradução única de Paulo Quintela, e na selecção ocasional destes quase trinta poemas de entre as centenas que compôs.
Nasceu Eugen Berthold Friedrich Brecht este Brecht que hoje dizemos/lemos/cantamos, na Baviera, em Augsburg, a 10 de Fevereiro de 1898, e a morte cruzou-se com ele em Berlim, a 14 de Agosto de 1956.
A I Guerra Mundial encontrou-o a trabalhar como enfermeiro num hospital de Munique.
Após a eleição de Hitler, em 1933, exilou-se na Áustria, Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Inglaterra, Rússia e finalmente nos Estados Unidos.
Depois da diáspora agressiva que experimentou, regressaria para fundar a sua companhia de teatro, o Berliner Ensemble, estrutura de referência no mundo teatral.
Mas hoje, é do teatro da poesia que se fala. Ou que se diz.

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